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Você conhece alguém insatisfeito ou inseguro com o corpo?

Saiba como a dismorfia afeta a autoestima chegando a prejudicar relacionamentos e até a saúde física e mental

A imagem que um indivíduo obtém do próprio corpo está totalmente relacionada com a saúde física e mental, é isso que comprova especialistas e estudos. A distorção corporal lidera a lista de queixas relacionadas a dificuldade em autoaceitação. Além de prejudicar a saúde mental, este problema, por diversas vezes, pode acarretar em transtornos físicos. Por isso, o tratamento adequado se faz cada vez mais necessário.

A psicóloga e sexóloga, Sônia Eustáquia da Fonseca, explica que a dismorfia, conhecida como a distorção de imagem corporal, é um transtorno psicológico que faz com que o indivíduo se incomode profundamente com “defeitos imaginários” ou triviais de seu corpo. “Também conhecido como Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) ou dismorfia, este distúrbio se caracteriza pela obsessão que determinada pessoa desenvolve por sua aparência. Devido aos pensamentos delirantes de que existem diversos defeitos físicos em seu corpo, a dismorfia corporal afeta, principalmente, a autoestima do indivíduo, fazendo com que sofra consequências negativas ao tentar estabelecer relacionamentos sociais ou profissionais”, esclareceu.

A especialista acrescenta que o indivíduo com dismorfia corporal se sente constantemente insatisfeito e inseguro com a sua imagem. “Um pequeno detalhe, como uma cicatriz ou estar um pouco acima do peso, por exemplo, é visto como um enorme problema que precisa ser solucionado imediatamente. Com isso, algumas medidas drásticas e pouco saudáveis podem ser tomadas”, completou.

Padrão social

Fonseca alerta que a principal causa da dismorfia são os padrões estéticos impostos na sociedade. Ela comenta que, geralmente, o transtorno começa na adolescência, quando o indivíduo sente a necessidade de se encaixar em determinado círculo social. “Se não for tratado, o problema pode se prolongar por toda a vida adulta”, alertou a especialista.

O que fazer?

Sônia indica que para curar o transtorno, o indivíduo deve se submeter a um diagnóstico interdisciplinar, fazer uma avaliação médica e psicológica. “A dismorfia corporal pode provocar depressão e pensamentos suicidas, por isso é muito importante identificar o transtorno antecipadamente e procurar tratamento adequado”.

Neste tipo de distúrbio, o tratamento mais utilizado são as psicoterapias, que devem ser realizadas por um profissional qualificado. “Em alguns casos, os pacientes também podem fazer uso de medicamentos antidepressivos e que ajudem a controlar os pensamentos obsessivos. Obviamente, as medicações só devem ser consumidas a partir da orientação e prescrição direta de um médico especialista no assunto”, ressaltou.

Fonte: Sônia Eustáquia da Fonseca, psicóloga clínica, psicanalista e sexóloga (www.soniaeustaquia.com.br).

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