Expectativa de vida pode ser menor em casos em que há demora no diagnóstico e tratamento.
A obesidade é considerada uma das maiores preocupações mundiais, atualmente, entre a população. A Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta a doença como um problema de saúde pública e, constantemente, realiza campanhas para conscientização sobres os riscos. Mas, engana-se quem imagina que apenas os seres humanos podem ser vítimas das complicações desse mal. Afinal, os animais também podem sofrer sérias consequências devido a obesidade. Por esse motivo, eles também devem obter cuidados para evitar este transtorno.
A médica veterinária Nayara Cristina, especialista em endocrinologia e metabologia em pequenos animais da CenterVet, em Contagem, explica que a obesidade nos animais começa da mesma forma que nos humanos. “Geralmente, a obesidade está relacionada ao grande consumo de calorias, ou seja, quando o animal se alimenta muitas vezes de maneira inadequada. Em outros casos, o metabolismo também tem a ver com o ganho de peso. Por isso, os animais de estimação precisam se exercitar e ter uma alimentação saudável e própria para eles”.
De acordo com a médica, um dos principais erros é o fato de os animais ingerirem quantidades muito grandes de comida ou comer alimentos destinados a humanos. “Aquele costume de oferecer um pouco de tudo que o dono ingere ou deixar o prato de ração com comida a vontade durante o dia todo, são fatores que influenciam no ganho exagerado de peso”, alertou Nayara.
Riscos
A especialista indica que existem diversos riscos para os pets, como o desenvolvimento de doenças respiratórias, cardiovasculares entre outras. “Animais obesos apresentam risco para uma série de doenças e distúrbios, como a resistência insulínica, condições respiratórias crônicas, diabetes, hipertensão, doenças articulares , alterações dermatológicas, disfunção renal, alguns tipos de câncer e outros”, destacou a veterinária da CenterVet.
Tratamentos
Nayara orienta que quanto mais cedo o pet receber diagnóstico, melhores serão os resultados dos tratamentos. Portanto, a visita regular ao veterinário também é importante por esse motivo. “Ao identificar a doença e os possíveis motivos dela ter se desenvolvido, partimos imediatamente para os tratamentos que, geralmente, envolvem a conscientização e colaboração do tutor, escolha da dieta adequada com cálculo das necessidades calóricas do paciente e exercícios para aumentar o gasto energético”, afirmou.
Fonte: Nayara Cristina, médica veterinária, especialista em endocrinologia e metabologia em pequenos animais. Faz parte da equipe do Hospital Veterinário e Centro de Especialidades CenterVet, em Contagem (www.centervet.com.br).