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Dadalobelo


(Eu, por exemplo, o radical do traço, Marcelo Dolabela,
poeta e dadamídia, o pop mais dadá de Beagá,
na linha direta de Rimbaud,
Saravá!
A benção Lígia Clarck,
a nossa Modrian da Alegria,
terra de Hendrix de João Gilberto,
a benção Oswald de Andrade,
tu que gritaste com humor todas minhas mágoas de amor,
a benção, Bashô,
a benção Tzara,
a benção Ezra Mallarmé,
sua benção, Hélio Oiticica  (Meu irmão!…)
a benção Wladimir Maiakóvski,
a benção,  Safo Ono,
a benção meus maus Glauber Sganzela,
vocês, sobrinhos de Vortov,
a benção, Tarsila Crepax,
sua benção Lewis Warhol,
a benção, todos os grandes tropicalistas do planeta,
pop, dadá e antropófago,
lindos como os olhos moles de Pagu,
a benção maestro Luciano Klhiébnikov,
parceiro e amigo querido,
que já viajaste tantas revoluções comigo
e ainda há tantas a viajar,
a benção, Beüys Lichtenstein, parceiro cem por cento,
você que une a ação ao sentimento e ao pensamento,
a benção, Baden & Vinícius,
amigos novos, parceiros novos, 
que fizeram este samba comigo, a benção, amigo,
a benção Maestro Walter Benjamim, que não és um só, 
és tantos,  tantos como meu fuzil de todos os sins,
inclusive o de Guimarães Joyce,
Saravá!
A benção, que eu vou partir,
eu vou ter que dizer a Zeus…)

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